SEJAM BEM VINDOS!!

Fiz esse blog com incentivo de um amigo meu das letras. A princípio era mais uma brincadeira de escrever, mas aos poucos fui tomando gosto, e hoje não consigo passar um dia sem "por os pés" aqui. Agradeço sinceramente os caros leitores que passarem por aqui. Fiquem à vontade para comentar, sugerir ou acompanhar esse democrático e rabugento espaço (como queiram).

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Olha quem acompanha esse blog:

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

SENSIBILIDADE

Sinto na pele

O cheiro da poesia

Esquadrinhar cada poro

Um aroma que aguça os sentidos

Incita a libido.

Mas logo percebo um traço

Um pedaço de silêncio

Percorrer as linhas.

Será pudor ou liberdade contida?

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A música continua...(QUEM SABE CANTA)






Ficar em casa em pleno domingo de Carnaval
e ainda por cima assistindo TV (é assim que encontro-me hoje), não é um programa legal, muito menos um "Domingo Legal" (os cuecas de plantão que me perdoem, mas ver mulher só de tapa-sexo o dia inteiro, é de lascar).


Tenho aversão a tudo que é exibido neste dia da semana na televisão aberta. Mas abro
exceção para um programa musical, que pelo conteúdo, frente aos demais, considero excelente: "QUEM SABE CANTA" do Raul Gil. Um programa que estreou em 2004, salvo engano, e conquistou na época recorde absoluto de audiência revelando vozes gostosas, num estilo soul gospel próprio, a do "anjo" Robson Monteiro (na foto), por exemplo. Assim como a voz límpida, cristalina da Jammily, com seus graves e agudos sem cair um tom (faz sucesso até no exterior). Lembro bem da dupla Reinaldo & Liriel interpretando "Caruso", fantástico! É uma pena que hoje (domingo de Carnaval), o programa não tenha ido ao ar. E nem precisa explicar o porquê, ou precisa? Todo mundo sabe que bunda de mulher dá muito mais ibope (infelizmente) e , consequentemente, é mais rentável para a emissora. Pronto, falei.


Pois bem, pra não dizer que sou implicante, "que não falei de flores" ou que vivo metendo o dedo na ferida dos outros, vou me ater agora no ponto positivo da emissora: esse celeiro musical exibido todos os domingos no Raul Gil. Analisem comigo caros leitores, aquele pessoal que mostra o seu talento inconfundível no programa é apenas calouro, mas o nível, a qualidade na interpretação, é de alto profissionalismo, ou seja, não deixa nada a desejar perto de quem já está na estrada há muitos anos (muitos nem deveriam estar). A maioria humilde, tendo pela primeira vez a oportunidade de mostrar o seu talento pro Brasil inteiro. Além disso, é uma gente jovem que trás no seu repertório, música de qualidade que corriqueiramente na linguagem desprezível dos teens é tachada de "música de velho". Digo com todas as letras que se um Pinxinguinha, um Cartola, pudessem de onde estão, assistir o Raul Gil, certamente aplaudiriam de pé os seus calouros.

Enquanto aqui, em frente a TV, vendo a "b(u)anda passar" eu lamento: "É de fazer chorar..." que esses calouros ou jovens cantores, não tenham a mesma oportunidade em outras emissoras e no mercado musical, para mostrarem o seu talento. E ainda assim, cá com meus botões, sussurro: "QUEM SABE CANTA, quem não sabe mostra a bunda".

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

DEGUSTAR



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DEGUSTAR

BEBI TEU SILÊNCIO
REGADO A VINHO
SORVI ATÉ A ÚLTIMA GOTA
PROVEI O SUAVE MEL
FUI AO CÉU...
EXPLOREI TEU PALADAR
NO CÉU DA TUA BOCA.
ENTÃO DESPI A TUA ESPÁDUA
E CONDUZI A MÚSICA
EM UM BANHO QUENTE
DE LINGUAGEM TÁTIL. (Selma, 2007)





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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

TELA FRIA



Escritos em papel aquoso

Uns braços lânguidos

Deitados nessa tela vertical

Santuário de ninfas

Da simetria esboçou a forma

Rabiscou portas sem saída

Como a anunciar a própria morte

Duro pêndulo do tempo

Destino morto

Um coito mármore

Folha desidratada ao vento. (Selma, 2009)

A SAGA CONTINUA

Quem disse que vou parar por aqui com meus escritos verborrágicos ranzinzas? Doa em quem doer, continuo a escrever (juro que a rima não foi pensada, rs).

Tenho consciência do meu papel enquanto profissional da Educação e cidadã, acima de tudo (apesar das humilhações). Isso me faculta o direito de opinar sobre o que me der na telha ou esteja ruminando o meu juízo, no momento. Pois bem, a saga continua...(em outro momento, que agora vou exercer minha profissão: "mediar conhecimentos"...expressão chique, não?) Kkk...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Literatura , música e coisas afins...

Sempre afirmei que gosto musical não se discute, principalmente no Brasil. É igual futebol, religião e mulher (tem pra todos os gostos...isso dá pano pras mangas)). Por isso mesmo, nunca me atrevi priorizar este ou aquele estilo musical, aliás, as circunstâncias ou estado de espírito, é que ditam o que queremos ouvir (pelo menos comigo é assim).

Não adianta radicalizar, esconder, porque num dado momento vem à tona. Quem sabe na festinha daquela amiga de faculdade metida a intelectualóide, a mais conservadora em seu repertório musical, encontrarmos camuflados dentro da capa do CD do Chico Buarque (ela jura que só curte MPB), preciosidades do tipo: "Companhia do Calipso"? (Não entendam os leitores, a citação como discriminação). E daí, a criatura paga um mico envenenado, tentando se justificar: "Ah, só pode ter sido a vizinha, pediu emprestado outro dia e devolveu trocado" ou "O Pedrinho (sempre ele) levou o Chico pro colégio pra ensaiar uma apresentação sobre Literatura Comparada, e acabou misturando os CDs" (e quem disse que não é possível encontrar elementos linguísticos ou culturais convergentes e divergentes entre ambos os segmentos?). Tenho um amigo, Mestre em Teoria da Literatura, que já analisou músicas da Kelly Kei.

Particularmente, defendo a segunda justificativa (ou desculpa) da moça, pelo fato de sugerir (embora sem intenção) uma excelente aula de Literatura, que tenho certeza, envolveria os alunos, pelo caráter inovador e a proximidade com a música do "momento" (é disso que eles gostam), e o Chico de carona...

Então... aproveitemos enquanto a música é democrática, mas assumamos os riscos...rs

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

HAMANDRÍADES

ANTE A OCEÂNIDES

Uma noite de luaceiro

O brilho na orla

Da ante-sala

À anteface

O anonimato.

Mas o mar foi testemunha

Silenciou ante a beleza fresca

E aquela voz doce

Fino cristal transparente

De um ser ignoto

Cantou e encantou

Evocou o amado em notas suaves

Acalentou berço de ninfas

Em tons aveludados de azul- marinho

Dançou em lençóis brancos acetinados

Atiçou sua presença

Sua essência

E se foi...

Mas os acordes ainda ecoam

E o mar em escarcéu

Reclama sua ausência. (Selma, 2009)