sábado, 31 de outubro de 2009
CESTE FILLETTE
Foi de mim que cedo levou os sentimentos
Trêmulo depois de entorpecer-me
Coroou-me depois do vômito
Seus gestos morosos descendo sobre o meu corpo
Procurou em silêncio o cóccix
Quente, porém frios sentimentos
Um jogo doce e perverso
Como um verso de Molinet
“Ceste fillette...”
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
CHEFE
Mandaram pra mim esse "enigma". Demorei mas decifrei-o. Tente você também!
Um guarda-noturno trabalhava numa empresa especializada em lapidação de diamantes. Uma manhã ele contou a seu chefe um sonho que tivera na noite anterior. Disse-lhe que o avião que ele iria tomar com destino à Rússia sofreria um acidente e, em consequência, todos os passageiros morreriam. Seu chefe, jovem executivo, dinâmico e empreendedor, tinha verdadeiro pânico de aviões. Assustado com a informação do empregado, decidiu cancelar o voo. Três dias mais tarde, leu nas manchetes dos principais jornais que o avião que ele deveria ter tomado, caíra no mar e, até o momento, não havia notícias de sobreviventes. Imediatamente, chamou o guarda-noturno, mostrou a notícia do jornal, agradeceu-lhe efusivamente o aviso que lhe salvara a vida e, a seguir, sem nenhuma explicação, despediu-o da companhia. O guarda não compreendeu porquê tinha sido despedido depois de salvar a vida do seu chefe.
Pergunta: Por que o guarda foi mandado embora?
Pergunta: Por que o guarda foi mandado embora?
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
VERSOS EMPAREDADOS
Paredes de vidro impediram a passagem de seus versos
Bloquearam-lhe a voz e o desejo
de ver os humildes sonhos concretizados
Despejaram vômitos e gargalhadas sobre as folhas virgens
Das maçãs colerizadas
rubra tez e boca amordaçada
Correm suor e sangue.
Enfaixaram seus punhos e já não escreve
Pingaram veneno sobre o seu dia
Vendaram-lhe os olhos de melancolia
Mas o poeta grita o silêncio dos loucos
Sonha em quebrar a noite de vidro.
domingo, 11 de outubro de 2009
ATITUDES DE CRIANÇA
SER CRIANÇA...
É não ter medo:
Brincar na chuva
Rolar na grama
Brincar na lama do quintal de casa
Lavar a alma
Empinar pipa
Alcançar o vento
Galopar em cavalinhos de nuvens
Nuvens de algodão doce
Lamber o doce no fundo da panela
Escorregar no parquinho
Saltar na amarelinha
Pular corda no terreiro do vizinho
Deixar o sereno da noite molhar os cabelos
Contar estrelas
Embalar-se em cantigas de ninar
Adormecer contando histórias de bicho-papão
E sonhar...
Sonhar que a vida renasce a cada manhã
Para quem não tem medo de SER CRIANÇA.
PS: Para crianças de todas as idades que passarem por aqui.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
NUANCE DOS LOUCOS
Meus medos deixaram minha mente obscura
E se misturaram à inércia do nada
Soletrando cadenciosamente meus dilemas
Atravessei a garganta suja de palavras torpes
Ninguém ousou afastar a minha mão suja do limo,
Nem beber comigo o fel dos moribundos,
Ou riscar das paredes sujas o meu nome.
Eu venci sozinho o medo dos fantasmas vivos
E ganhei a liberdade dos loucos apaixonados.
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