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Fiz esse blog com incentivo de um amigo meu das letras. A princípio era mais uma brincadeira de escrever, mas aos poucos fui tomando gosto, e hoje não consigo passar um dia sem "por os pés" aqui. Agradeço sinceramente os caros leitores que passarem por aqui. Fiquem à vontade para comentar, sugerir ou acompanhar esse democrático e rabugento espaço (como queiram).

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

FESTIVAL DE TALENTOS


Exposição dos quadros produzidos pelos alunos do 4º ano
Apresentação da biografia de Tarsila do Amaral





Bom, aqui estou eu de volta para mais uma postagem ranzinza sobre minhas insistentes invenções na área de Educação, acreditando (ainda!) que poderão dar certo. É desgastante, mas o resultado é gratificante. Falo, dessa vez sobre o Festival de Talentos (categoria Fundamental I) da Escola Supervisora Miriam Seixas, ocorrido na última sexta-feira dia 11/12/09, organizado pela professora Roseane Leal.

Trabalhamos ao longo do mês com enfoque na área de Língua Portuguesa e Arte buscando incentivar e assim resgatar os talentos escondidos. Lançamos mão de diversas formas de atividades como leitura, escrita, produção textual, recital de poemas, pesquisa biográfica, confecção de trabalhos manuais com materiais recicláveis, teatro de fantoches e outros. Assim tivemos um perfil dos alunos que mesmo em meio a tantas limitações impostas pelo sistema sócio- educacional e econômico, conseguem sobressair-se. Basta um pouco mais de paciência e conhecimento por parte dos discentes para mostrar-lhes as pistas que os conduzirão rumo ao caminho das descobertas.

Muitas vezes, devido as "N's"dificuldades que encontramos na rede pública, a tendência é subestimar a capacidade de criação de nossos alunos. No entanto, pude constatar mais uma vez a empolgação, a interação e superação destes, através de direcionamentos e sugestões. A priori falo por mim (sem missa de corpo presente), quando propus a minha turma do 4º ano (antiga 3ª série) um trabalho de pesquisa sobre a arte de Tarsila do Amaral. A princípio achei que não seria oportuno, o tema, mas fui insistente e eles foram tomando gosto pela coisa. Trabalhamos a biografia, o conteúdo e os temas presentes em sua obra; a cor local inscrita em seus trabalhos, fruto de uma tendência modernista. Por conta do conhecimento muito limitado a respeito da artista, tive que propor um trabalho de pesquisa mais apurado, com o auxílio do dicionário, para traduzir verbetes até então desconhecidos do vocabulário deles.


O que me surpreendeu pra caramba (me desculpem o termo popular) foi o momento que eles passaram a reproduzir, ou seja, fazer uma reeleitura dos quadros de Tarsila do Amaral. "ABAPORU", por exemplo ficou um espetáculo (opinião minha) pelos pincéis da Evelyn. E tantos outros como "PAISAGEM COM TOURO", "A LUA"... enfim, confira caro leitor nas imagens acima (fotos minhas).

Poderia ter sido melhor se tivéssemos mais apoio e o evento estivesse sido incluso no calendário letivo para meados de outubro. Mas fica registrada aqui a sugestão. Já era de se esperar essas dificuldades, principalmente com relação a espaço físico. É público e notório que estamos reivindicando há mais de 20 anos a construção de uma escola de qualidade, em Jardim Prazeres um espaço com dependências físicas adequadas que atenda as necessidades da comunidade escolar daquele bairro. Mas até o momento só promessas. Até quando vamos esperar? Oh, my Saint Chair...

Mesmo assim, não desistimos de lutar. Nossa "briga" é em prol de nossos alunos. São eles a razão de continuarmos acreditando que um dia vai dar certo.

Valeu!!!! Parabéns a todos, alunos e professores!!!

sábado, 12 de dezembro de 2009

ACORRENTADO



Fui como uma folha ao vento

Levado pelo destino

Esbarrando a cara nos muros

De pedra na consciência

Resignado às mil faces da vida

Fingindo de mim mesmo e dos outros

Introspectivo e às vezes atrevido

Mas desenho as nuances do ser

Ou rabisco o ser selvagem

Impregnado de minha saudade

Ou então fujo por uma janela

Entreaberta da garganta e grito

Grito o silêncio dos loucos

Não era pra ser assim

Mas como sair dela sem ser notado?

Jamais quis ter notoriedade

Logo dela que é meu pudor

(Então me despe se fores capaz

Diz-me o momento certo de agir)

Nunca sei suas verdades

Se fingindo arranca-me os fantasmas

Abrem-se sulcos e lacunas

À noite visita o meu íntimo

Promete ver minhas virtudes

Mas continuo acorrentado em meu ser

De pedra na consciência

Espero à madrugada, o dia

O dia vem, mas a luz não é dela

Continuo esperando e rabiscando

E assim cada dia ela tira

um pedaço do meu coração.