SEJAM BEM VINDOS!!

Fiz esse blog com incentivo de um amigo meu das letras. A princípio era mais uma brincadeira de escrever, mas aos poucos fui tomando gosto, e hoje não consigo passar um dia sem "por os pés" aqui. Agradeço sinceramente os caros leitores que passarem por aqui. Fiquem à vontade para comentar, sugerir ou acompanhar esse democrático e rabugento espaço (como queiram).

COMPARTILHANDO BLOGS

Olha quem acompanha esse blog:

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

VERSOS EM REDE




Espera os meus versos quentes

Em noites frias de primavera

Umas linhas dançam sinuosas

Se insunuam em tua "rede"

Despertando os sentidos

Aguçando a libido

Saciando tua sede.

domingo, 16 de outubro de 2011

ONÍRICO



Hoje eu quero um poema sem dor

Que eleve o espírito

Abra pétalas de sonhos

Os sonhos dos loucos.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

LAPIDAR



Tenho a sensação de ver nas coisas simples
Objetos do fazer poético

Rabisco em corpos de palavras-pedras
Um rio de água cristalina.

O solo duro instiga-me a plantar
Sementes de versos coloridos.



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

UM POEMA ESTAGNADO

UM POEMA ESTAGNADO É...

UM RIO QUE NÃO CORRE PRO MAR

UMA AVE DE ASA CORTADA
UM VOO DE BEIJA-FLOR
UM GRITO PRESO NA GARGANTA
UMA MÚSICA EM STAND BY
UM ABORTO INESPERADO
UM FILHO QUE O MAR LEVOU
UMA ÁRVORE DE BONSAI
UM SONHO ACORDADO
UM COITO INTERROMPIDO
UMA PÍLULA DO DIA SEGUINTE
UM PASSAGEIRO QUE PERDEU O VOO
UM CARRO NA CONTRAMÃO
UM SOL QUE NÃO SE PÔS
UM HORIZONTE PERDIDO
UM BUSTO DE SCHUBERT
UMA "SINFONIA INCOMPLETA"
UMA GOTA DE ÁGUA SÓLIDA
UM POÇO DE ÁGUA PARADA
UM COÁGULO NA ARTÉRIA
UMA PARALISIA VERBAL.



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

SOLIDÃO É UM BRINQUEDO

Meu brinquedo era a boneca

Uma perna quebrada

Um olho cego

Mas era o meu brinquedo preferido

(O único)

Era um dia triste quando se foi

Nem sei explicar direito

Estava na escola e o peito doeu de repente

Um frio no corpo e na alma

Chovia torrencialmente lá fora...

E dos olhos desceram duas lágrimas rápidas

acompanhando as gotas da chuva que caía

ali do meu lado

pelo lado de fora da janela

Misturando sentimentos de afeto e dor

Lembrei mais uma vez que ela estava só

Sofrendo a solidão de mais uma manhã

Sem mim

Mas o destino quis assim

A enxurrada visitou o morro naquele dia

E a levou

Hoje o meu olhar pela janela trás à lembrança

Dela que foi meu brinquedo preferido

(o único)

Enquanto a chuva não para de cair dos meus olhos.