sábado, 30 de dezembro de 2017
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
DE UM POETA CÚMPLICE
Combinara o mistério
Para o dia seguinte
Sua especialidade
E a tarde se foi
Mas a ansiedade
Essa não espera
A noite chegou
Vestida de preto
Colou a pele
Dançou um tango
Sussurrou palavras
Rebuscadas
Embriagadas
Combinação de vinho e desejo
Despiu a espádua
Rasgou a transparência
Velada por cortinas e voyeur
Desceu-lhe aos pés
Roçou pêlos dourados
Na boca da madrugada afora
Enquanto o dia boceja
Os primeiros raios de sol
O poeta cerra o poema
e as pestanas.
(Selma, 2017)
sexta-feira, 27 de junho de 2014
POÉTICA PRETENSÃO
Um surto de invasão
Abrir o portão
E pela fresta
Atar palavras
Com a mão à boca
Só em monólogo
Sussurrar.
Percorrer linhas
Escrever em teu corpo
Essa linguagem tátil
Que te torna um vassalo
Submisso as minhas vontades. (Selma, 2014)
domingo, 16 de junho de 2013
EL FUEGO
EL FUEGO
A TUA PRESENÇA DESENHOU RAIOS DE SOL
EM DIAS CHUVOSOS DE SOLIDÃO
EVAPOROU UM RIO ESTAGNADO DE GELO
EM TAÇAS FUMEGANTES DE PAIXÃO
E A CHAMA DO AMOR SE FEZ
ENTRE SEDAS, CETINS E PELES
A LINGUAGEM TÁTIL TEM SABOR DE VINHO.
(Selma, 2013)
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
RITUAL
TRANSPARÊNCIA
DUAS TAÇAS SUADAS SOBRE A MESA
E UM CRAVO NA LAPELA
DIÁFANO, DESCORTINA A PELE
VESTIDA COM UMA GOTA DE CHANEL
E UMA SINFONIA DE STRAUSS:
DOIS CORPOS SUADOS SOBRE A CAMA.
(Selma, 2007)
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
ATEMPORAL
Um pé de vento assobiou a música triste.
Num instante as folhas caíram
cerraram-se as portas
fecharam-se as cortinas
a árvore estava pálida:
uma nuvem caía sobre o telhado de vidro.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
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