É engraçado como a gente costuma esquecer das pequenas coisas que nos tornam seres mais humamos em relação aos comportamentos que dignificam nossa personalidade, e está sempre relembrando dos piores momentos que recaíram sobre nossas cabeças. Aqueles que nos deixaram tristes, desanimados, pessimistas, desacreditados de si mesmo e do mundo. Não, não estou querendo aproveitar o momento dos jingles bells, de mais um final de ano para fazer a tradicional "retrospectiva". Aquelas que os canais de televisão exibem nas últimas horas do ano, cujos redatores fazem questão de por um apresentador com aquela voz sinistra a là Cid Moreira, na esperança de faturar alguns pontinhos a mais de audiência (principalmente se for desgraça, violência, catástrofe e similares).
Converso sempre com meus botões primeiramente, antes de agir (até esse texto é vítima), pois uma ação é determinada pelo conjunto de valores apreendidos da convivência com nossos familiares e de outros segmentos sociais, como a Escola, a Igreja, enfim. Um bom dia, um abraço, um olhar de atenção, um sorriso, uma lágrima de congratulação ou de solidariedade com o próximo nos momentos difíceis, um "puxão de orelha", são valores que não podem ser esquecidos e nem confundidos com conceitos moralistas, pois são importantes para a formação social do indivíduo. Não tenho conhecimento suficiente para inferir sobre as ideias marxistas a respeito do existencialismo, nem tampouco discorrer sobre Paul Sartre, mas tenho opinião formada sobre o tema. Para que essas relações sociais se efetivem é relevante a herança genética, depois o meio e a aceitação ou não desses fatores, uma vez que são determinantes, o indivíduo pode interferir optando ou não pela sua felicidade. A citação de Kant no início do texto ilustra um pouco o que expresso aqui.
Talvez a palavra MORAL, para alguns, ainda esteja ligada aquela tradicional matéria que fazia parte do currículo escolar até os anos 80, Educação Moral e Cívica (sempre tirei nota 10, tsc!). Na época nem sabia o significado da tal disciplina, (talvez nem os professores), mas estava lá constando na grade. Às vezes, um vocábulo ou uma expressão mal(dita) causa ambiguidade, duplo sentido e consequentemente, mal estar no leitor. Por isso nem vou relacionar aqui e agora a sinonímia dos termos em questão, mas o caro leitor interessado pode clicar aqui e se inteirar da confusão com o seu Aurélio. Porém, uma coisa é certa: a FELICIDADE não está na "moral", enquanto conceitos absoletos, mas na busca de valores universais e constantes do ser humano, independente de classe social, conhecimento científico, raça, credo ou religião. É uma conquista diária , basta observá-la na prática das mínimas ações. Bem, a minha estou procurando com uma lupa. Ah, é importante saber cultivá-la, tá? Acho que por hoje é só, digo, no próximo ano tem mais.
FELICIDADE a todos!!!