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Fiz esse blog com incentivo de um amigo meu das letras. A princípio era mais uma brincadeira de escrever, mas aos poucos fui tomando gosto, e hoje não consigo passar um dia sem "por os pés" aqui. Agradeço sinceramente os caros leitores que passarem por aqui. Fiquem à vontade para comentar, sugerir ou acompanhar esse democrático e rabugento espaço (como queiram).

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

NEM TE CONTO...


Nem te conto...

Ele tentou por muito tempo. Detestava ser incomodado naquelas horas. Fazia desse momento um ritual de prazer, nunca um dever. Nem percebia as horas passarem. Todo o dia, naquele ponto, lá estava ele para mais um encontro. Às vezes, ela quem chegava primeiro, perfumada, carinhosa, faceira, voluptuosa; outras vezes, arisca, rebelde, sorrateira, sussurrava algo em tom de brincadeira e escapulia deliciosamente noite a dentro . Deixava-o na mão, com uma sensação louca de incapacidade e impotência. E assim foram horas, dias, meses, anos a fio. Até que numa noite quente de verão tomou coragem, resgatou-a da escuridão e a introduziu em sua câmara. Ali, fez amor com sua verve, chegou ao ápice, sentindo o sabor da conquista: concluiu o primeiro livro de uma série de manuscritos engavetados.

2 comentários:

Adilson Jardim disse...

caraleo, que texto massa!!!!!!!
Foi mal a empolgação, Selma.
Sabia que tu chegarias onde chegastes, meu bem, tinha jeito não.
E sou teu aprendiz.

PEDEPOESIA disse...

Ei, mestre, aqui o posto de aprendiz é meu, viu? rs...
Sou tua discípula!