Triste passagem pelo fosso das sátiras
Dos becos sem saídas que alardeiam risos sem bocas
De prisma sem luz incandescente, sem cor
Do poço solidão que grita e não se ouve o eco
Gargalhadas, gracejos, sombras,
suor e sangue velam o silêncio
Inconsciente atira-se sobre o próprio corpo
Já não era ele...
A mente aviltada pelas vísceras proeminentes do inteligível
Fomenta os dias de mito da caverna escura
Mas sob as palavras póstumas deitadas na parede áspera
Cansada das lamentações e dos grilhões
Afia um raio (ainda que fosco)
pela fresta do coração e grita um poema à luz:
Decide libertar-se das amarras.
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