quarta-feira, 25 de agosto de 2010
INCONSCIENTE À LUZ
Os pontos abertos deixaram lânguidos amanheceres
Trincos dormentes fecharam as portas atrás de si
Porões sem um fio de luz nas frestas
Mesmos sanatórios de outrora
Os gritos já não se ouvem mais
Mas os murmúrios ainda escapam pelos beiços das portas
Verme descendo pelas alças das janelas
Um ruído interminável de sons noturnos
Corroem o passado pelas linhas dos neurônios
Trancados em grades abertas
Minúsculas faíscas se tornam fogueiras
Consomem a carne febril em noites de inverno
Mas a solidão ainda é o seu ponto de luz.
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