domingo, 5 de julho de 2009
NÔMADE
Pousou num galho seco a esperança
Embora fosse outra cor, mas era ela
Ficou o dia e a noite em si mesma
Foram só minutos de uma eternidade sob o olhar
Calmo de quem bebe o orvalho vespertino
Asas molhadas mas não pesaram
As gotas escorrem sutilmente
O bico delgado sustenta o peso do canto mavioso
E arranca da garganta as tristes notas longínquas
Voou de sua casa-mãe pra acalantar os sonhos dos poetas
Fez amanhecer uma palavra esquecida no lodo verde das pedras
Acordou borboletas azuis, amarelas, brancas
Que alçam voos ao céu, ao sol, as nuvens
Mas voltam em versos exegéticos.
Aqui e ali deixou sinais de um retorno breve
Sob o sol nordestino e um céu de tanajuras.
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