Encontro-me em estado de água
Escoam sorrateiramente por entre os dedos
Cavam fendas em pedras marinhas
Escondem-se em total silêncio azul marinho.
Mas não desisto
O duelo está travado
Eu e a palavra
Composição em estado de água.
LIMPE O (PE)NSAMENTO E ENTRE

A língua que penetra os espaços virgens
Maculando a brancura do verbo
Irrigando sulcos
Levando sementes ao espaço estéril
Fertilizando a terra fechada
Penetrará também os recantos
Noturnos, sombrios, secos
E deixará fluir um rio em seu ventre
Rio de palavras quentes
Nuas em seus afluentes
Corpus úmido em curso
Jorrará sua linguagem
No mar íntimo do papel.
Faz amor beijando a verve
Uma dama sem pudores
Procurada, não será encontrada em casa
Porque no espelho d’água
Refletiu a outra imagem
Estava fria e cansada
De ser dicionarizada.



A LINGUAGEM SENSORIAL PODE SER ERÓTICA
Apesar da rica fortuna crítica que existe sobre a poética do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto, e dos estudos sobre o rigor formal em sua obra, pouco se falou sobre a temática erótica que o poeta insere no livro “Quaderna”, uma linguagem lírico-erótica-velada. Principalmente no poema “Paisagem pelo telefone” (leia aqui o poema completo).
Os órgãos dos sentidos quando tocados com desejo provocam a libido. Aparentemente não seria esse o caso no poema “Paisagem pelo telefone”, porque não há indícios de contato físico, há um distanciamento de corpos (o contato é por telefone), mas também há uma espécie de ritual erótico, de strip-tease nas imagens comparativas (sempre que no telefone/ me falavas, eu diria (...) e até mais, quando falavas/ no telefone eu diria/ que estavas de toda nua,). O termo sempre, implica um ato constante ou que aconteceu mais de uma vez. Portanto, nas entrelinhas desse verso, lê-se a possibilidade de um contato mais íntimo, tal é a ênfase que o poeta dá ao estado de nudez da mulher.
Essa percepção está na idéia de luz, que se faz presente através da voz. Essa voz, é que faz o poema ser todo de luz, refletido em suas poderosas metáforas: cristais, brancas, límpidas, salinas, água, claras. Todas remetem ao corpo, a pele dela que, coberta com uma roupa mínima de banho, já provoca os sentidos do poeta e mais quando despida: só de teu banho vestida, /que é quando tu estás mais clara/ pois a água nada embacia. O termo mais indica intensidade. Por isso que quanto mais a água escorre pelo corpo, mais clara e exposta se torna a nudez: a água clara não te acende: / libera a luz que já tinhas. A água que sacia a sede fisiológica também comunica com extrema sensibilidade.
Pelas sinestesias comprovar-se-á então, que o sentido do ouvir: tua voz me parecia (...), desperta e desencadeiam outros sentidos que incendeia a intimidade, visão: toda de luz invadida (...) / libera a luz que já tinhas; tato: fresca e clara, como se/ telefonasses despida. A descrição que o poeta faz da mulher, explora todo o campo sensorial, culminando num envolvimento quase tátil do eu poético com o seu objeto de desejo, a mulher. É como se ambos estivessem envolvidos corporalmente, num momento íntimo de prazer.
Não seria hiper interpretação uma possível comparação desse recorte, com um serviço de rede telefônica - que surgiu mais precisamente na década de 90 – o qual disponibiliza mulheres de vozes sensualíssimas a “venderem” orgasmo pelo telefone. É pura e simplesmente a voz que estimula, desperta a imaginação e a volúpia de quem está do outro lado da linha, conduzindo-o ao clímax. Muitas vezes pela masturbação. O poeta pantaneiro Manoel de Barros foi explícito ao descrever no poema “Pêssego”, a sensação indescritível que a voz provoca: Proust/ Só de ouvir a voz de Albertine entrava em/ orgasmo (...).
Ora, o leitor mais atento à poética de João Cabral, e conhecendo a sua técnica discursiva (embora o poeta não tenha feito menção a essa possibilidade de leitura em sua poesia), concordaria que tal comparação é possível, sim, mas com uma ressalva: o que sobressai na poética de JCMN é o erótico velado, numa perspectiva da “realidade visual ou visualizável”. O que Ezra Pound (apud Athayde), denominou de fanopéia.
Mesmo na linguagem erótica, o poeta continua atento ao rigor formal. E não despreza o teor afetivo no trabalhar dessa técnica. Sobre essa obsessão ele explica em entrevista:
Poesia me excita muito (...). Poesia é linguagem afetiva, e assim é que tudo pode ser tratado poeticamente. (...) A poesia não é linguagem racional, mas linguagem afetiva. Dirige-se à inteligência, sim, mas através da sensibilidade (ATHAÍDE, 1998, p.71,73).
Portanto, vê-se que a sensibilidade na poética de JCMN não é um jorro de palavras “concebidas” do inconsciente, mas uma poética sensorial construída a partir de elementos racionais.
_ Pai, nós precisamos de um nome para o nosso conjunto.
_ "Caco e suas Fônicas".
_Grande! Valeu.
_ Outra coisa que não funciona mais é ironia. (Luis Fernando Veríssimo)
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_ Não corra com os sapatos novos senão eles estragam! Não pule no sofá senão ele quebra! Não se arraste pelo chão para não rasgar a roupa!
_ O que adianta ser criança se a gente não pode exercer! Caramba
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Romeu e Dalila:
_ Que olhar é esse Dalila?
_Olhar de tristeza, de mágoa, de desilusão...olhar de apatia, tédio, solidão...
_ Sorte! Pensei que fosse conjuntivite! (Angeli)
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Hagar comentando sobre o seu filho:
_ Meu Hamlet é afiado como uma lâmina!
_ Não diga! Não dói quando você o abraça? (Dik Browne)
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_ Mafalda, você tem um papelzinho para me dar?
_ Acho que tenho, Miguelito. Olha, só tenho esses. Algum deles serve?
_ Ah...não, desses, não. Eu queria dos outros. Aqueles que servem para comprar coisas.
_ Mas isso é grana, não um "papelzinho"!
_ O nome não interessa!
_ Como ele faz para não se contaminar? (Quino)
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Mafalda:
_ Eu não posso tomar sopa porque sou uma velhinha que treme e derrama tudo.
_ Tudo bem, passa a colher que eu te dou a sopa... E então? que foi?
_ Eu sou velhinha mas não sou boba! (Quino)
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A professora pergunta para os alunos:
_ Quem quer ir pro céu?
Todos levantam a mão, menos o Joãozinho.
_ Você não quer ir para o céu, Joãozinho?
_ Quero, professora. Mas a minha mãe disse que depois da aula era para eu ir direto pra casa!
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A mãe pergunta ao filho pequeno:
_ Filho, você prefere ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha?
_ Puxa, mãe, será que não dava para ser uma bicicleta?
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O Joãozinho viu a vizinha grávida e perguntou:
_ O que você tem aí dentro de sua barriga?
_Ah, tenho aqui dentro um filho lindo que amo tanto!
_Ué, se você o ama tanto, porque o engoliu?
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A mãe pergunta para o filho bagunceiro:
_ Como você consegue fazer tantas travessuras em um só dia?
_ É que eu acordo cedo, mamãe!
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Uma mosca fez seu voo. Quando voltou, sua mãe perguntou:
_ Como foi, filha?
_ Foi maravilhoso, mãe! Por onde eu passava, todas as pessoas aplaudiam!
"A SABEDORIA É UMA DÁDIVA DE DEUS PARA TODOS, MAS SÓ OS HUMILDES SABEM CULTIVÁ-LA".
"Cultivemos sempre o sentimento da amizade para que nunca morra a felicidade."
"OS PASSOS DO HOMEM JUSTO TRILHAM A ESTRADA DO CONHECIMENTO."
HÁ PROFESSORES QUE SÓ ENSINAM, MAS HÁ OUTROS QUE COMPARTILHAM CONHECIMENTOS PARA A VIDA."
"Uma palavra pode ferir um coração, mas não mata um grande amor."
"A PAZ CONSISTE NA CERTEZA DE QUE A NOSSA MISSÃO AQUI NA TERRA É SEMEAR UNIÃO ENTRE OS POVOS."
SÁBIO SÃO OS QUE BRILHAM SEM OFUSCAR A LUZ DO PRÓXIMO".
"O Universo acolhe a Humanidade, mesmo tendo cada um suas particularidades. Sejamos irmãos, então, respeitando as diversidades".
"OS SONHOS PROJETAM REALIZAÇÕES FUTURAS E O HOMEM SÁBIO FAZ ACONTECER"
"NO INVERSO DA PALAVRA ESTÁ A FONTE DA SABEDORIA: DAVI".
"MULHER NÃO É SEXO FRÁGIL, APENAS TEM A SENSIBILIDADE MAIS AGUÇADA QUE OS HOMENS".
"Os ventos sopram ideias no verão, os homens colhem folhas secas no outono: o que dizer do futuro da Humanidade?"