sábado, 30 de maio de 2009
TEMPO DO VERBO
Ontem O silêncio estrondoso da madrugada inútil Acordou o íntimo velado pelas sombras mortas E ecoou no beco de uma rua sem saída Acalentou o cão vadio de noites vorazes Hoje O silêncio das palavras atormenta Porque as sombras se fazem muro no caminho Obstruem sua passagem Nem o grito agudo quebra a escuridão das palavras-vidro Amanhã O vento (quem sabe) romperá a barreira do silêncio Da rocha brotará palavras-água E voltaremos todos seguindo à sua sombra Pelas pontes e becos da cidade-luz.
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